segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Desafio



No dia seguinte Fimose e Jamanta levantam alegres e bem dispostos, analisando os resultados obtidos pelo tônico. Não foi bem o que eles esperavam, mas também não desagradou. Segundo Jamanta, a carcaça continuou a mesma, só que agora ta potente... Rindo, os dois pegam o cinturão amassado e seguem em direção a casa das meninas.
Tímidos pelo o que aconteceu na noite passada, os quatro se entreolham sem jeito, mas Fimose trata logo de oferecer sua mão para ajudar Betão a descer os degraus. É difícil imaginar uma brutamonte feito Betão sendo delicada, mas ao lado de Fimose ela permanecia numa aparência meiga, como se estivesse flutuando. Já Batidão e Jamanta não deram muito certo de mãos dadas, então Batidão resolveu carrega-lo. Ao ver a cena os amigos não aguentam. Betão para fazer companhia a amiga se inclina e pega Fimose no colo. Fimose por sua vez não deixa barato e ao ser colocado no chão decide levar Betão de cavalinho. Todos que assistem a cena ficam atônitos.
Ao chegar ao campus dão de cara com Hércules, que quando bate o olho neles, parece um touro sendo provocado pelo toureiro. Sem titubear ele segue na direção dos quatro, pára em frente a Fimose e dirige o olhar para Betão. Betão de cabeça quente manda logo um alto e grave “Qual é o seu problema?” No que ele responde apontando para Fimose “Ele, ele é o meu e o seu problema.” E continua acusando Fimose de querer tirar a vaga dela da equipe estadual. Afirmando que o encontro foi todo planejado com esse intuito e alegando que tudo o que ele fez, foi tentando ajudá-la.
Por um momento Betão desconfia de Fimose e o encara, mas só pelo olhar, ela entende que ele nem ao menos sabia do que Hércules estava falando. Nervosa, Betão solta o verbo em cima do técnico, diz estar cansada de suas exigências, de suas grosserias. Diz não suportar mais ser um objeto de conquistas, o qual ele usa para conseguir o que hoje não consegue sozinho. E encerra jogando o cinturão em seu pé.
O técnico furioso, pega o cinturão, ergue e desafia Betão. Ele diz que se ela for capaz de vencê-lo, abrirá mão dela, mas se ela perder, ela colocará o rabinho entre as pernas e entrará num treinamento rigoroso, vigiada 24 horas por dia. Betão bate de frente e aceita, “Hoje às 20 horas”.
Continua...

sábado, 8 de dezembro de 2012

O beijo


Desesperada Batidão começa a chorar, se culpando por não estar junto da amiga nessa hora. Jamanta tenta consolá-la, mas é em vão, ela esta aos prantos... É quando Betão tosse. Fimose chama pelo seu nome - Elizabeth, Elizabeth - e ela levanta assustada. Ela olha para Fimose e mira um soco em sua cara, mas ele segura seu braço. Todos olham espantados. Ele tenta explicar o que aconteceu, mas nem ele mesmo sabe ao certo.
Com Betão um pouco atordoada ainda, os quatro seguem para a festa na universidade. É difícil não reparar na cara de espanto dos presentes. Como as garotas mais populares podiam estar acompanhadas desses caras? Como Betão podia estar apoiada em Fimose? Ninguém entende, mas durante toda a noite, os quatro seguem conversando.
Na saída da festa, Fimose e Jamanta se oferecem para acompanhar as garotas até seus quartos... No meio do caminho, a tal caminhonete reaparece e deixa todos assustados. Quem poderia estar perseguindo Betão? Mas dessa vez eles se enganaram. O alvo não era Betão, o alvo era Fimose. O carro acelera e segue em direção a Fimose que não se move. Todos gritam para que ele saia do lugar, mas ele não escuta. Dessa vez a janela do carro esta aberta. Fimose grita que quem esta dentro do carro é um homem, um homem grande e de repente um objeto é jogado em direção a Fimose. Ele tenta segurar o objeto e não consegue, é atingido na perna esquerda.
Betão corre na direção de Fimose e pergunta se esta tudo bem. Por incrível que pareça sua perna esta intacta, já o cinturão que o atingiu, ficou todo amassado. Mais uma vez todos ficam espantados. Betão por sua vez reconhece o cinturão. É o cinturão de bi-campeão de seu técnico. Ligando a imagem masculina que Fimose descreveu e o cinturão, é obvio que era Hércules, mas o porquê ele faria isso?
Curiosa e revoltada, Betão quer logo ir atrás do técnico para tirar isso a limpo, mas é contida por Fimose. Ele pede para ela se acalmar, ir para cama descansar que no outro dia irão juntos atrás do técnico. Ela concorda e abre um sorriso. Fimose, meio sem jeito se aproxima e a beija. Vendo os amigos juntos, Batidão e Jamanta se olham, viram a cara e voltam a se olhar. Batidão então pega Jamanta no colo e os dois se beijam.
Fimose fica tão atordoado com o beijo de Betão, que ao descer o degrau em direção ao jardim, tropeça na própria perna e cai. Com o susto, Batidão acaba soltando Jamanta que também cai. Os quatros não se aguentam e caem na gargalhada.
Continua...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O encontro



Com o fracasso do primeiro experimento, Jamanta decide agir como cupido e tentar aproximar Fimose de Betão. Seu primeiro plano é armar um encontro entre os dois na próxima festa. Para isso ele cria um perfil em nome de Fimose e começa a usar toda sua experiência em sedução para conseguir essa proeza. E não é que faltando uma semana para a festa Betão topa conhecer Fimose?! Claro que ela esta iludida com uma imagem totalmente diferente da realidade dele, mas Jamanta tem a esperança de que Fimose leve ela no bom papo que tem.
No vestiário, Betão esquece que paredes têm ouvidos e acaba comentando com Batidão sobre o tal encontro, o que ela não esperava é que Hércules, seu técnico, escutaria. Hércules fica furioso ao escutar que a aluna terá um encontro, ainda mais por esse encontro ser um dia antes do teste que ela fará para entrar na equipe estadual de MMA.  Ele esta decidido, precisa impedir esse encontro e já sabe como, ele vai “seqüestrar” Betão por uma noite.
Fimose ao mesmo tempo em que não acredita, esta muito ansioso e inseguro. Será mesmo que Betão toparia um encontro com ele? Como seria possível? Ela nem ao menos havia olhado pra ele em sua festa de vitória. Ele só tinha uma coisa a fazer, contar os minutos.
Fimose veste sua habitual camisa xadrez, uma calça jeans clara e um allstar, e por segurança decide levar Jamanta junto. Ele quer ter certeza de que tudo não é apenas uma brincadeira do amigo. O local combinado foi uma pracinha, a duas quadras de distancia da universidade e por garantia, eles chegam com 15 minutos de antecedência. Jamanta se mantém a uma certa distancia, observando o amigo.
Passam alguns minutos e nada de Betão aparecer. Fimose começa a acreditar que havia caído em mais uma pegadinha, só que dessa vez, do seu próprio amigo.  E enquanto andava de um lado para o outro preocupado, um grito chama sua atenção e em seguida o som de um carro cantando pneus. Sem saber como, ele se enche de coragem e corre para ver o que aconteceu. Em questão de segundos ele enxerga alguém amarrado na caçamba de uma caminhonete e automaticamente se prepara para pular conforme a aproximação do carro. É tudo tão rápido que Jamanta que esta de longe observando tudo, não consegue nem respirar, se distraindo apenas com a aproximação de Batidão que da um grito e começa a bater nele, lembrando do ocorrido da última festa e chamando ele de anão tarado. Quando ele olhou já tinha terminado tudo. Betão estava desmaiada no colo de Fimose no meio da rua e a caminhonete já havia desaparecido. Os dois correram até os amigos e não entenderam nada. Quem seria capaz de conseguir derrubar a melhor lutadora do colégio?
Continua...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Bolas de Carne



Não deu outra, Betão foi a campeã, e para comemorar Batidão armou uma festa regada a muito funk e bebida. Geral foi convidado, Fimose, mais uma vez, não queria se misturar. Inventou milhões de desculpas, mas Jamanta não aceitou nenhuma. Ele insistia que Fimose precisava participar pelo menos de uma das festas, antes de julgar o que poderia acontecer, e para covencer o amigo, usou um golpe baixo. Piscina, sol, bebidas, biquínis e Betão, foi o suficiente para animar Fimose.
Durante a festa, Fimose ficou o mais próximo possível de Betão, mas foi em vão. Betão nem ligou para ele. E como se não bastasse um grupo de garotos fez questão de esbarrar “sem querer” e derrubar um copo de batida em sua cabeça. Envergonhado, Fimose foi embora sem ao menos procurar por Jamanta. Ao voltar do banheiro, Jamanta não encontrou o amigo e preocupado, saiu a sua procura. Em um momento de distração, Jamanta se viu nocauteado. Havia trombado com algo e ao abrir o olho, uma surpresa, eram as maravilhosas bolas de carne – nome dado por ele as nádegas das garotas – de Batidão. Batidão por sua vez não deixou barato e virou um tapa em sua cara. Desnorteado, ele esqueceu o que estava procurando e foi embora.
Ao chegar, Jamanta se depara com Fimose todo sujo e se assusta. Fimose sem dizer o que aconteceu pede ajuda ao amigo. Ele se diz cansado de ser motivo de piada na universidade. Ele acredita que ninguém o respeita pelo fato de ser do interior e também por sua aparência magricela e acredita que se conseguir ficar um pouco mais forte, os garotos irão lhe respeitar mais. Sem contar ainda, que isso pode ajudar ele a conquistar uma certa lutadora de MMA da faculdade.
Jamanta então resolve mostrar seus dons de químico e criar um tônico com o intuito de acelerar esse processo para o amigo. Mistura vai e mistura vem, ele chega numa consistência liquida azul, a cara não parece ser das melhores, mas Fimose não pensa duas vezes e experimenta. Ele diz não sentir nada, também não acha o gosto ruim e aceita fazer o teste. São três longas semanas tomando três vezes ao dia o tal tônico e no final, nada. Decepcionados eles decidem parar com o “tratamento”.
Continua...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A lutadora que encanta


No final do semestre a universidade teria o campeonato de MMA feminino e todos estavam alvoroçados para assistirem as lutas.
Uma lutadora em especial chamou a atenção de Fimose. A cada rodada em que o nome de Betão era anunciado, Fimose não conseguia tirar o olho da luta. Jamanta que não é bobo e nem nada, percebe e começa a tirar com a cara do amigo. Betão tinha um físico incrível, dava dois Fimose e mais um pouco. Os dois acham graça e chamam a atenção na arquibancada. Jamanta, com toda sua marra se aproveita da situação e faz charminho para um grupo de garotas que os encaram.
Betão, segundo o técnico da equipe, é a menina prodígio. Ela tem todos os quesitos que precisa para se tornar uma grande profissional. Para esse campeonato estudantil, o técnico Hércules convidou alguns representantes das maiores equipes do Rio de Janeiro, com o intuito de dar destaque a aluna e também um empurrãozinho para sua carreira. Para isso, Betão não teve moleza, quando não estava nas aulas, estava no treino e vice versa.
Hércules às vezes permitia que Betão levasse alguém para acompanhá-la nos treinos. Claro que a companhia sempre foi Batidão. As duas não se desgrudavam, eram sempre vistas juntas, para cima e para baixo. Geralmente elas só se separavam quando Batidão tinha gravação de algum clipe para participar. Se tinha alguma coisa que Betão não suportava, era funk. As más línguas diziam até, que elas eram mais que amigas. Na certa, Betão nunca tomou conhecimento desse boato, caso contrário, quem o dissipou talvez não estivesse mais aqui para contar história.
Continua...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Como tudo começou


Era uma vez um jovem do interior de São Paulo, de dezoito anos, chamado Tuninho. Tuninho é o caçula de uma família de seis irmãos. E diferente de seus irmãos mais velhos, ele sempre sonhou em largar a vida rural e batalhar pela carreira como Dr. Antonio.
Quando decidiu prestar o vestibular, Tuninho não recebeu o apoio que esperava. Seus pais ficaram com medo, disseram ser perigoso de mais ele viajar sozinho para o Rio de Janeiro. Já seus irmãos não se conformavam em vê-lo preso aos livros dia e noite... Mas isso não bastou para ele desistir.
Determinado ele conseguiu a terceira colocação no curso de Medicina da UFRJ. A partir desse momento o medo tomou seu corpo. Como ele viveria sozinho, sem família e sem amigos?
Seus pais acabaram concordando e partiram com ele a fim de acertar a matricula e também um lugar para ele ficar. Chegando ao campus, Tuninho, com medo, correu para o banheiro, dando de encontro com uma figura que lhe deixou curioso. Era Jamanta, um anão muito do simpático que foi logo tratando de puxar papo com o colega. Durante essa conversa, ambos viram que tinham uma necessidade em comum, encontrar alguém para dividir o quarto. Papo vai e papo vem, viram um no outro, um grande amigo e sem que houvesse convite de uma das partes, combinaram de procurar juntos, um lugar para morar.
Passaram dias. Passaram meses... Durante o semestre, Tuninho, por sua timidez e por ficar encolhido, se escondendo, foi apelidado de Fimose. E foi um apelido que pegou de primeira.

Continua...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Capitão Magricela - Sinopse



Fimose é um jovem do interior de São Paulo, que disposto a construir uma carreira na medicina, embarca, contra a vontade de sua família, em uma aventura pelo Rio de Janeiro.  Assustado, Fimose nem imagina o que o espera durante o ano letivo. Após conhecerem Betão, uma estudante de educação física, lutadora de MMA e também a garota mais popular da universidade e Batidão, uma estudante de enfermagem, dançarina de funk e melhor amiga de Betão, Fimose e Jamanta, seu novo amigo e colega de quarto se arriscam em um experimento que pode ou não mudar sua vida. Hércules, o técnico de MMA da universidade, por sua vez, fará de tudo para tentar atrapalhar a vida de Fimose e ganhar reconhecimento em cima de Betão. Entre experimentos, romances e lutas, Fimose está prestes a passar do garoto tímido e anti-social, para o cara mais popular da universidade.